Até o dia 16 deste mês, os partidos que forem buscar uma das 21 vagas da Câmara de Vereadores e, igualmente, aqueles que ambicionam a prefeitura, precisam cumprir com esse importante rito: o de mostrar os times de candidatos ao Legislativo e ao Executivo.
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Ao que tudo indica mesmo, salvo uma excepcionalidade, o fato é que os eleitores de Santa Maria encontrarão nas urnas, em 15 de novembro, seis nomes que disputarão o voto para chegar à decisão do segundo turno, a ser disputado no dia 29 do mesmo mês. Os dirigentes agora se organizam para fazer que a importância e o brilho do momento das convenções, sempre um ponto alto do calendário, não sejam ainda mais ofuscados pela pandemia.
MAS RESTRIÇÃO
A eleição, que já é reduzida, a exemplo de 2016, terá 45 dias. Além da pandemia, que colocou às avessas o calendário eleitoral, a novidade do pleito de 2020 é o fim das coligações partidárias para a eleição de vereadores, o que deve exigir uma identificação ainda mais consistente dos partidos políticos e candidatos durante a campanha.
Essa é a eleição da incerteza e, muito provável, que seja uma disputa sem o famoso corpo a corpo. Há que se considerar que o tempo maior de pré-campanha pode ajudar aqueles candidatos novos a buscar uma visibilidade maior.
Da mesma forma que, aqueles prefeitos que forem tentar a reeleição, farão da pandemia, que mudou os rumos de todas as administrações municipais, o carro-chefe para mostrar o que foi feito. Um trunfo para quem soube ser gestor em tempos de caos, mas, ao mesmo tempo, pode ser um monstro a tragar eventuais pretensões de um novo mandato.
DIFICULDADES
Já a partir do próximo dia 27, quando começa a propaganda eleitoral (inclusive na internet), políticos terão que se acostumar a uma nova realidade: a impossibilidade de uma campanha sem apertos de mãos nas ruas e caminhadas em bairros, vilas e no campo. Quem já é conhecido pelo eleitor largaria em vantagem, será? Difícil de dizer e, muito mais, de arriscar. Como fará o político novo que não é conhecido? Estará na frente aquele que já é conhecido? Como fica a vida de quem está no poder e quer mostrar o que está sendo feito? O trabalho que, porventura, está sendo executado ficará limitado às postagens das redes sociais?
Como pensa e, mais, como votará o eleitor, já cansado e fadigado pela pandemia? Ao mesmo tempo que exige respostas do poder público frente à Covid-19, saberá ele reconhecer aqueles casos de prefeitos que souberam, em meio às dificuldades, fazer a travessia em meio ao olho do furacão? Ou descontarão o descontentamento com a classe política com aqueles que estão no poder em busca de reeleição? O prazo dilatado, com o adiamento da eleição, poderá significar um capital político àqueles prefeitos que tenham obras na rua? Respostas virão, logo mais, em bloco.